Vinte E Nove
Legião Urbana
Composição: Renato Russo
Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais
passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de saturno
Decidi começar a viver
Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar e a pedir perdão
E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez
Pra mim, o que vale é a parte grifada da música! rs
A historinha infracitada é de minha autoria e uma republicação do meu antigo Borboleteando... queria dividi-la com vocês... porque, numa noite como esta, não há mesmo como não lembrar dele e das coisas que ele me falava... Há vinte nove anos é assim...
História de impressionar menininha...
O dia era uma quarta-feira. 31 de julho de 1979, bem de manhãzinha...
Um monte de gente no hospital, pra saber se era menino ou menina. Se fosse menino era o nome do avô e se fosse menina era um nome meio esquisitinho... Se fosse menina ganhava a boneca Amiguinha, se fosse menino, uma caderneta de poupança com o valor da boneca... Se fosse menino ia ser destemido como o pai, se fosse menina ia ser inteligente feito a mãe...
6h50min. Eita! Nasceu!!! É o quê? É o quê? É menina, chorona que só, gorda que só, branca que só, com cara de joelho que só, mas até que é bonitinha! Alvoroço. Confusão. Gente amontoada. Briga com medo do povo trocar ou carregar. Ele saiu correndo. Voando. Foi lá pro sítio! Aquele sítio de outrora, o sítio da infância da menininha, o sítio que tem um cheiro que só o sítio tem.
Chegou lá e o pai dele tava loonge, tava vendo as plantações, ou vendo sei lá o quê. Então, num impulso, mpurrou o dedo na sirene que fez aquele barulho que só as sirenes sabem fazer. Alvoroço, no meio das plantações, ou de sei lá do quê. Deve ter nascido! Será que é menino? Menina? Meu nome terá? Ou um nome esquisitinho? É menina! Ah...
E foi aquele corre-corre pra cidade. Que rosto terá? Como será? Vamos dar uma festa!
*Essa é a historinha que meu pai me contava todos os anos, na véspera do meu aniversário, até ele morrer e não contar mais... Saudade de ouvir essa historinha hoje... muito mais saudade ainda de quem me contava essa historinha num dia como hoje...
Pensamentinho de Cabeceira:
"Pai!
Pode crer, eu tô bem
Eu vou indo
Tô tentando, vivendo e pedindo
Com loucura prá você renascer"...
(Fábio Júnior cantou um dia e hoje quem canta sou eu...)